wtvjunkie
Por que eu continuo olhando para essa caixa preta do inferno.


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wThursday, May 29, 2003




THE SHIELD. O seriado policial mais cínico, rápido e agudo do momento. Rico quadro de personagens. O detetive aspirante a serialkiller-hunter, o policial negro gay, o capitão latino com aspirações políticas e o antiherói que leva a série: Vic Mckay, um policial com idéias muito próprias sobre o que é combater o crime. Ele compactua com o tráfico, não se importa com alguma morte ocasional, usa literalmente todos os truques sujos disponíveis no mercado e damn, você não consegue evitar de torcer por ele. Quinta feira à noite, no AXN. Try it.

posted by Odyr at 9:49 AM


wWednesday, February 26, 2003





Buffy is back.

Contagem regressiva para a nova temporada de Buffy. Sim, infiéis e descrentes. Sua chance para rir de novo de minha obsessão ou de se juntar ao culto. Nâo envolve empunhar uma espada e jogar RPG, eu juro, mas ter algum senso de humor e apreciação por bom entretenimento pop.

As primeiras imagens dos teasers são sombrias e monocromáticas. " It´s coming. Something older than the oldest." Um mood apocalíptico parece ter tomado conta da série. Eu me seguro na poltrona. E dias antes, a Fox vai dar uma geral, passando as primeiras temporadas. Então, é um bom momento para ame-a ou deixe-a.

posted by Odyr at 9:57 AM


wMonday, February 17, 2003


Martha me pergunta por que Friends não entrou em minha breve lista abaixo.

Porque depois que ficaram ricos, gordos e bronzeados, algo da graça fundamental parece ter se perdido. Chame de O Fim da Inocência, mas há algo de azedo no Central Perk Cafe. Nas primeiras temporadas, todos tinham penteados lamentáveis e a fotografia de cores absurdas parecia um tanto fora de foco, mas as piadas funcionavam e havia o entusiasmo de ter descoberto algo legítimo. Um entusiasmo juvenil.



Hoje, tudo parece polido demais, a fotografia tem aquela clareza pornográfica, cada poro de Chandler parece brilhar e cada fio de cabelo desalinhado de Rachel, cuidadosamente preparado. Mas há um clima de festa que desandou, onde se comeu demais e o espírito parece amortecido. Talvez porque não se possa ser jovem e tolo pra sempre. Os trinta chegaram e eles se recusam a crescer. Too bad. Com umas duas temporadas a menos, terminaria como um pequeno clássico moderno.



posted by Odyr at 6:58 AM


wSaturday, February 15, 2003



POST MORTEM

Curiosamente, de meus blogs falecidos, esse ainda é o mais visitado. Quase um ano depois, de vez em quando alguém ainda me fala que passou por aqui para reler. Possivelmente com o mesmo prazer perverso de quem lê uma Veja velha no consultório do dentista. Então, alguma atualização, em homenagem de Martha Batalha, Flávio Costa e outros (re)visitantes.

O que tem estado na minha tela, nesse tempo? Vejamos.

Buffy permanece como o prazer culpado, cada vez menos culpado e cada vez mais prazeroso. Que quase ninguém entenda isso não me incomoda muito. É uma pérola pop, ainda não reconhecida.

Drew Carey é outra. Um humor maravilhosamente surrealista, com ecos MontyPhytonianos, sobre uma situação completamente americana: um loser, gordo, de óculos, que bebe cerveja histericamente e se defende do mundo com seu humor cáustico. Com amigos improváveis, que parecem seguir a orientação de Cortázar para seu livro 62 Modelo Para Armar: personagens movidos mais por reações químicas do que psicológicas. São como amebas coloridas com diálogos impossíveis. E ao mesmo tempo terno e insigthful, se você me acredita.

Anne Fortier Uma série nova, canadense, sobre uma psicóloga criminal, que investiag serial killers. Parece cliché, mas é temperado por uma certa desordem psicológica de Anne, que passa a vida tropeçando e não conseguindo se relacionar com os outrps seres humanos. E um rico cast de coadjuvantes. Dizendo assim não parece muito, mas tem um ritmo próprio e é como um desses pratos que você imagina que não vá gostar, mas continua repetindo. O que me leva a Monk , esse sim, o detetive mais disfuncional do mundo. Um gênio da investigação, que tem medo de altura, do escuro, de água, de sujeira, de leite... ele só consegue executar sua mágica com a ajuda da fiel escudeira-enfermeira Sharona, uma santa que o conduz por esse mundo tortuoso. Um tesouro de humor e esperteza.

Enfim, muita coisa. Não quero me alongar aqui por demais nessa (re)volta. Nesse ano também comecei a fumar, me mudei, consegui uma tv maior e assinei o pay-per-view do Big Brother, oh insanidade. Mais detalhes em um futuro próximo. Hoje só amanhã, como dizia o grande José Simão.





Meet Drew Carey.

Drew Carey parece conciliar coisas impossíveis: o humor rasteiro dos americanos gordos que tomam cerveja e assistem futebol (como Drew) com um elenco MontyPhytoniano em sua estranheza e tiradas surrealistas com uma visão terna dos relacionamentos neuróticos, que parece ter vindo direto de Woody Allen. Como Allen, Drew é o tipo que não tem a beleza a seu favor e ganha o mundo com seu humor, voltado tanto contra ele mesmo como contra sua arquiinimiga: a teatral Mimi, um espécime de white trash mais gorda do que ele, maquiada como uma integrante do teatro kabuki e com roupas que parecem roubadas de algum circo dirigido por Barhs Lurmann. Se pareceu muito, é. É um show que prima pelo excesso, mas nada está sobrando. A cada segundo uma piada nova explode e incrivelmente, ela parece funcionar para todos os níveis de platéia. É um pequeno milagre e ele não faz alarde disso. É um show de risadas fáceis na superfície, mas que está cheio de jóias, para quem consegue vê-las. Vale a pena tentar.


posted by Odyr at 10:06 AM


wThursday, May 16, 2002





THE OSBOURNES
Vou chover no molhado: nada é mais engraçado na televisão agora do que The Osbornes. Ozzy Osborne é o velhinho gagá mais adorável, com a família mais insana possível. Ele é só o bom velhinho. Loucos mesmo são as mulher e os filhos. Os radicais podem esbravejar que é isso que o rock’n’ roll se tornou: entretenimento de sofá. Não tenho nada a dizer sobre isso. Nunca acreditei muito no mito de atitude do rock. Sou um ouvinte de jazz que aprendeu a gostar do pop e é isso. E acho essa versão mtv da Família Addams realmente a delícia do momento.

E na sequência:


Da Série Coisas Que Você não Precisava:


AS 10 MELHORES COISAS NA TELEVISÃO AGORA,
(de acordo com os critérios altamente subjetivos desse que vos fala)


1-The Osbornes. *******

2- Buffy, The Vampire Slayer (por motivos não-explicáveis, já explicados)****

3- Weapon of choice.Clipe do Fatboy Slim. ****** Christopher Walken, rei do cool, dançando em seu paletó em um hotel maravilhosamente decadente. E isso é tudo que acontece no clipe. Mas é o suficiente. O melhor clipe em muito, muito, muito tempo. É misterioso, engraçado e torna sua vida mais interessante por alguns minutos. (Se você não quiser depender da sorte de ver por acaso, você pode ver aqui , com as devidas limitações de vídeo na internet.)



4- O clipe do Groove Armada ***(não sei o nome. Executiva em crise em dia-de-cão lembra férias sensacionais. Tem um clima de festa que me lembra Being Boring, um clip dos Pet Shop Boys, com a festa mais sensacional do mundo, em p&b felliniano. Esse do Groove Armada é colorido e mais muscular, mas é uma rica atualização).

5- Whose Line is it Anyway. ***Stand-up comedy improvisado no ato pelos comediantes mais absurdamente competentes do mundo. Quarta, às 8 e meia na Sony, se você não sabe.

6- Max Bickford. *****Explicado abaixo. Talvez a única coisa com algum sentido nessa lista absurda.

7- Se for honesto, preciso incluir o clipe de Shakira, fotografado por Herb Ritts. Precioso em cada fotograma, com estética de editoriais de moda. Seja com a película estourada em preto e branco, seja com as cores que parecem pintadas dos momentos em cor. E com Shakira, que Dio Mio.****

8- 24 H. Me faz economizar em idas ao cinema para ver filmes de ação descerebrados. Sua dose semanal de adrenalina. Ação, intriga e suspense em tempo real, com fotografia de cinema e uma edição impecável, potencializando recursosonovos, como a tela dividida em quadros, com três ou quatro cenas simultâneas. ***

9- Seinfeld. Meio gasto, mas ainda um clássico. **

10- O botão Power. ******Por mais que eu ligue essa caixa preta, o momento de desligar ainda é um alívio.


posted by Odyr at 7:31 AM


wSunday, April 21, 2002





I love Max Bickford. Ele trava uma batalha inglória. Ensinar história- Estudos Americanos - para uma faixa etária para quem Nirvana já é história. Ele tem que lidar com competição acadêmica, interesses econômicos dentro da faculdade; problemas pessoais, o que você imaginar. Seu melhor amigo fez uma operação e atende agora por um nome de mulher, sua filha está mais interessada em cantar em uma banda do que em estudar, sua ex-aluna foi contratada e compete com ele pela atenção dos alunos – o mundo dele virou de cabeça para baixo. Como ele lida com isso? Infantilmente, como todo homem na face da terra. Depois da revolta e da negação, ele adota uma atitude estóica de lutar a boa luta. E tem um alter-ego, um projeto literário que serve para dar vazão à sua frustação.
Max Bickford é a nova série da Fox, e é a primeira feita para adultos, ou seres humanos pensantes, em muito tempo. E precisamos ser gratos por isso. Plus, temos Richard Dreyfuss no papel principal. Sexta, nove da noite na Fox. Sente e assista. É isso.


posted by Odyr at 12:51 PM


wSaturday, April 06, 2002





Shakira reinventada e redesenhada para o mercado americano. De Alanis Morrissete latina para diva multicultural. As raízes pretas do cabelo seriam um forma de resistência ou algum estilo de pintura que me escapa? E aquela barriga construída em laboratório? Uh, juro que perturba meu raciocínio.



Eu sei, ela resultou um produto estranho. Em alguns takes você poderia pensar que é Mariah Carey. Mas o timbre mantém uma particularidade, uma certa personalidade. Seria um resquício negociado de identidade? Cartas para a redação.



Mas também aprecio a ironia da latina conquistando o mercado americano sem pedir licença. No mesmo clip ela consegue ser Mariah Carey, Britney Spears e Alanis Morrissete, com vantagens. Ao contrário de Britney, ela canta. Ao contrário de Mariah, ela tem atitude. Como que dizendo – se preciso ser isso pra vencer aqui, posso ser todas. Way to go, girl.


posted by Odyr at 7:28 PM